Pela primeira vez, fui ver o show da Trupe do Teatro Mágico. Devo confessar que não tinha a menor idéia do que iria encontrar, para a surpresa e desespero dos demais espectadores, bem mais familiarizado com o show.
Resolvi adotar a postura da observação. Estava meio deslocada, no meio daquela tribo composta de um grupo de jovens. As vezes me deparava com alguns fantasiados de palhaços, outra hora com roupa de boneca, aguardavam, anciosos, a chegada da banda que estava atrasada por horas. Isso me deixou um pouco chateada.
Até que, finalmente, começa o espetáculo, uma espécie de banda, onde os integrantes se apresentam vestidos e maquiados de palhaços, desenvolvendo alguns números circenses de malabarismos, enquanto o cantor chamado Fernando Anitelli interpreta seus pensamentos em prosa e versos musicados.
As músicas inspirada nas obras de Hermann Hesse, escritor alemão chamam a atenção da alienação imposta pelo sistema, ironizando de forma inteligente, o jeito que todos acabam fazendo, de um jeito ou de outro o que querem que seja feito e os personagem que as pessoas precisam assumir em algumas situações da vida, também defende o novo, o inusitado e a originalidade. Até porque a própria trupe é assim, pois na minha ignorância, jamais havia sequer ouvido uma música do grupo, sendo o show completamente inovador. A simplicidade é realmente uma das características da banda que defende a valorização da idéia e não do artista.
Bem, seja como for, é um espetáculo simples, inteligente e inovador que vale a pena ser visto.
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